Trama golpista: STF agora vai decidir as penas na dosimetria; veja como funciona

  • 11/09/2025
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pode concluir nesta sexta-feira (12) o julgamento do processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus acusados de participação na tentativa de golpe de Estado em 2022. Com a maioria já formada pela condenação, agora os ministros vão decidir quanto tempo cada réu vai cumprir de pena. Essa etapa é chamada de dosimetria da pena. É quando o tribunal sai da discussão sobre se houve crime e passa a definir, individualmente, qual punição cada acusado receberá. Quem foi condenado O processo julga o chamado “núcleo crucial” da trama golpista, formado por Bolsonaro e ex-integrantes do seu governo: Jair Bolsonaro – ex-presidente da República Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Bolsonaro Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência Almir Garnier – ex-comandante da Marinha Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin e hoje deputado federal Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa Anderson Torres – ex-ministro da Justiça Quais crimes estão em jogo Segundo a Primeira Turma do STF, os réus cometeram cinco crimes — exceto o réu Alexandre Ramagem, que não foi condenado pelos crime de dano, mas sim pelos outros três: Organização criminosa armada – quando quatro ou mais pessoas se estruturam, com divisão de tarefas e uso de armas, para cometer crimes. Pena de 3 anos (mínima) e pode chegar a 17 anos com as agravantes de uso de arma de fogo e participação de agentes públicos Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito – tentar, com violência ou grave ameaça, impedir o funcionamento dos poderes da República. Pena de 4 anos (mínimo) a 8 anos (máximo). Golpe de Estado – tentar depor, com violência ou grave ameaça, um governo legitimamente eleito. Pena de 4 anos (mínima) a 12 anos (máxima). Dano qualificado contra patrimônio da União – destruir ou deteriorar bens públicos, causando grande prejuízo. Pena de seis meses (mínima) a 3 anos (máxima) Deterioração de patrimônio tombado – atacar bens especialmente protegidos por lei, como os prédios dos Três Poderes. Pena de 1 ano (mínima) a 3 anos (máxima) Como se calcula a pena O Código Penal prevê três fases na dosimetria: Pena-base – os ministros analisam culpabilidade, antecedentes, personalidade, motivos e consequências do crime. Atenuantes e agravantes – fatores que podem diminuir ou aumentar a pena, como confissão espontânea, idade, coação ou reincidência. Causas de aumento ou diminuição – cada crime tem regras próprias que permitem ampliar ou reduzir a punição. Soma ou unificação? A PGR pediu que os ministros somem as penas de todos os crimes. Nesse cenário, a punição máxima pode chegar a 43 anos de prisão. As defesas, por outro lado, argumentam que deve valer a regra do concurso formal: ou seja, aplica-se a pena do crime mais grave, com um acréscimo que vai de um sexto até a metade. Cabe aos ministros decidir qual regra será aplicada. O que esperar O resultado prático pode variar bastante. Se prevalecer a soma das penas, Bolsonaro e outros réus podem enfrentar décadas de prisão. Se vencer a tese do concurso formal, as penas podem ser significativamente menores.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/09/11/trama-golpista-stf-agora-vai-decidir-as-penas-na-dosimetria-veja-como-funcional.ghtml


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