Lula diz que governo vai trabalhar contra anistia a condenados por atos golpistas

  • 11/09/2025
(Foto: Reprodução)
Plantão: ministros condenam Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (11) que o governo federal vai trabalhar contra o projeto de anistia a condenados por atos golpistas que está sendo costurado no Congresso Nacional. A declaração do presidente Lula foi dada em entrevista exclusiva ao Jornal da Band. A entrevista foi gravada horas antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão no julgamento da trama golpista. Ao ser questionado sobre se os partidos da base que hoje tem assento no governo insistirem na anistia, o presidente afirmou: "O governo vai trabalhar contra a anistia. É importante você saber", disse Lula. O governo intensificou, nesta semana, as articulações para barrar a aprovação de uma anistia pelo Congresso Nacional. A equipe do presidente Lula acionou os ministros da Frente Ampla para segurar a votação na Câmara dos Deputados. No começo da semana, a ministra Gleisi Hoffmann, responsável pela articulação política do governo, se reuniu com 11 ministros - entre eles, de partidos do Centrão. Voto de Fux dá fôlego para anistia no Congresso, diz Andréia Sadi Voto de Fux Durante a entrevista, ao ser questionado sobre o voto do ministro Luiz Fux para absolver o ex-presidente Jair Bolsonaro de todos os crimes, o presidente Lula afirmou que "se o ministro Fux não quiser provas, problema dele". "O Bolsonaro tentou dar um golpe nesse país e tem dezenas e centenas de provas. Agora, cada juiz é aquilo que quer ver. Eu só acho que os juízes tem que ver a verdade. Se a verdade estiver nos autos e for comprovada, é assim que as pessoas vão ser julgadas", afirmou o presidente. "Se o ministro Fux não quiser provas, problema dele. Eu acho que as provas estão fartas e o ex-presidente, covardemente, articulou tudo, pensou tudo e foi embora." Ao votar pela absolvição de Bolsonaro, Fux afirmou que críticas às urnas não configuram crime, minimizou a minuta do golpe e argumentou que Bolsonaro não tinha obrigação de desmobilizar manifestantes. Ministro Luiz Fux, do STF, em julgamento da trama golpista - 11/09/2025 EVARISTO SA / AFP Lula afirmou que não poderia dar uma opinião pública sobre o voto do ministro, mas que tem uma tese pessoal. "Eu não posso ter uma opinião pública sobre o voto de cada ministro. Não é recomendável que o presidente da República ficar dando palpite sobre voto de ministro da Suprema Corte. Eu tenho uma tese pessoal, mas não posso dar. A Suprema Corte vai decidir segundo os autos do processo. E cada ministro entenda aquilo que querer entender e dar o voto que queira dar", disse. Novas sanções de Trump Durante a entrevista ao Jornal da Band, o presidente Lula afirmou não temer novas sanções do presidente dos EUA, Donald Trump, com o julgamento do ex-presidente Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal. A entrevista foi gravada na manhã desta quinta-feira, antes da condenação de Bolsonaro. Lula também afirmou que o governo brasileiro vai reagir "na medida" em que forem anunciadas novas ações dos EUA contra o Brasil. "Não temo, não temo (novas sanções)", disse Lula. "As acusações contra o Brasil são todas falsas e o presidente Trump sabe disso. Não tem déficit comercial, é arrogância dele não querer que a Justiça brasileira julgue alguém que cometeu um crime, o presidente de um país não pode ficar interferindo nas decisões de outro país soberano. Se ele vai tomar outras atitudes, é um problema dele." Nesta quinta, Donald Trump classificou como "terrível" e disse estar "muito insatisfeito" com a condenação de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal. O secretário de Estado do país, Marco Rubio, prometeu resposta por parte dos EUA. Trump diz que condenação de Bolsonaro é 'terrível' e afirma estar 'muito insatisfeito' Trump comentou o caso enquanto deixava a Casa Branca para embarcar para Nova York, onde deve assistir a um jogo de beisebol. O presidente americano comparou a condenação de Bolsonaro com processos judiciais que ele próprio enfrentou. "Isso é muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum. Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil e ele é um bom homem", afirmou Trump. "Estou muito insatisfeito com isso. Eu conheço o presidente Bolsonaro, não tão bem, mas o conheço como líder de um país. E sempre o considerei muito correto, de fato muito notável, na verdade, como homem, um homem muito notável. Acho que é uma coisa terrível. Muito terrível. Acho que é muito ruim para o Brasil." O presidente dos EUA não disse se pretende aplicar novas sanções ao Brasil em razão da condenação. No entanto, em um post na rede social X, o secretário de Estado, Marco, Rubio prometeu que os EUA "responderão de forma adequada a essa caça às bruxas". "As perseguições políticas do violador de direitos humanos Alexandre de Moraes, sancionado, continuam, já que ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram injustamente pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas", afirmou. Em manifestação também publicada em uma rede social, o Itamaraty disse que "ameaças não intimidarão" o país. "Ameaças como a feita hoje pelo Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as contundentes provas dos autos, não intimidarão a nossa democracia", diz a manifestação do ministério.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/09/11/lula-diz-que-governo-vai-trabalhar-contra-anistia-a-condenados-por-atos-golpistas.ghtml


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