Estado de emergência: Umidade do ar bate mínima de 7,4% na região; nível crítico é pior que o do deserto do Saara
11/09/2025
(Foto: Reprodução) Estado de emergência: Umidade do ar bate mínima de 7,4% na região; nível crítico é pior que o do deserto do Saara
Fábio Lima/O Popular
Em mais um dia de tempo seco, as cidades do Vale do Paraíba e região bragantina registraram níveis críticos de umidade relativa do ar nesta quinta-feira (11), segundo a Defesa Civil Estadual.
Em algumas cidades, o índice ficou abaixo de 12%, sendo que Bragança Paulista registrou o menor nível de umidade da região e o quarto pior do estado de São Paulo: 7,4%.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que o nível ideal de umidade relativa do ar é entre 60% e 80%. Os níveis baixos deixaram a região em estado de emergência e colocaram cidades da região bragantina no ranking de menores umidades do estado de SP.
No deserto do Saara, no norte da África, por exemplo, a umidade do ar varia de 14% a 20%. Nesta quinta-feira (11), cidades do Vale do Paraíba e região chegaram a registrar índices de umidade piores que os do deserto.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp
Veja os piores níveis de umidade do ar registrados na região nesta quinta-feira, segundo os dados da Defesa Civil de SP:
Bragança Paulista: 7.42%
Piracaia: 10.34%
Atibaia: 11.06%
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, outras cidades da região tiveram valores baixíssimos de umidade do ar, com São Luiz do Paraitinga marcando 10% de umidade e Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira, atingindo 23%, por exemplo. São José dos Campos ficou com 23% e Taubaté 20%, segundo o órgão.
Quando o nível de umidade está entre 20% e 30% é considerado estado de atenção. Já quando a umidade do ar se encontra entre 20% e 12% é considerado estado de alerta. E, abaixo de 12% de umidade no ar, é declarado estado de emergência.
A Defesa Civil alerta que, com o clima seco e sem chuva, a umidade do ar vai ficando cada vez mais baixa. O tempo seco pode levar a problemas respiratórios, cansaço, dor de cabeça, narinas e olhos ressecados.
Segundo o órgão, o desconforto é ainda maior para pessoas que já têm doenças respiratórias, como asma, rinite alérgica ou bronquite crônica, que ficam propensas ao agravamento dos quadros.
Dicas para enfrentar o tempo seco
Beba bastante água. Ela hidrata todos os órgãos, inclusive pele e mucosa.
Se puder, tenha um umidificador de ar em casa. Você também pode colocar uma bacia com água no ambiente ou uma toalha umedecida para minimizar os efeitos do ar seco, do ar poluído.
Hidrate bem as mucosas com soro fisiológico - pelo menos duas vezes ao dia.
Lave os olhos com soro fisiológico ou com colírio de lágrima artificial.
Cuidado com bebidas alcoólicas. Elas podem refrescar, mas também desidratam.
Mantenha a casa limpa, evitando o acúmulo de poeira.
Evite praticar exercícios físicos das 11h às 17h.
Proteja-se ao máximo do sol e evite o ressecamento das mucosas e pele.
Tempo seco é favorável para ocorrência de queimadas; confira a previsão do tempo
Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina